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Dólar sobe e Bolsa cai com tarifaço de Trump e expectativas sobre IOF

Do UOL, São Paulo (SP)

04/06/2025 09h12Atualizada em 04/06/2025 19h37

O dólar comercial fechou o dia em alta, enquanto a Bolsa de Valores brasileira fechou em queda com o mercado financeiro insatisfeito com o aumento nas tarifas de importação de aço impostas pelo presidente americano, Donald Trump, e a decepção com a baixa criação de postos de trabalho nos Estados Unidos. No Brasil, a ansiedade é com a divulgação das medidas para compensar do aumento das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que só deve acontecer no domingo (8).

O que aconteceu

Dólar comercial fechou em alta. A divisa terminou o dia vendida por R$ 5,645, alta de 0,17% em relação à terça, contrariando a trajetória das últimas duas sessões, quando a moeda americana se desvalorizou em relação ao real.

Ontem, a divisa recuou 0,7%. A queda foi a segunda consecutiva, o que não acontecia desde o dia 19 de maio. Desde então, as oscilações da moeda americana foram intercaladas entre altas e baixas em todos os pregões.

Bolsa

Ibovespa cai. Após subir 0,56% na terça (3), o principal índice acionário brasileiro operou em alta até as 11h23, quando chegou a atingir 138.796,91 pontos antes de iniciar a queda, fechando o dia com recuo de 0,40%, atingindo 137.001,58 pontos. O volume financeiro do pregão somou R$ 22 bilhões.

Economia americana preocupa. "O relatório de empregos mostrou a criação de apenas 37 mil vagas no setor privado em maio, enquanto o índice PMI [índice americano para monitorar a atividade econômica] de serviços caiu para 49,9%, indicando contração", explica João Abdouni, analista da Levante Inside Corp.

Por outro lado, a desaceleração americana pode ser boa notícia para o Brasil. Para André Matos, CEO da MA7 Negócios, a contração da atividade econômica nos EUA pode resultar em redução na taxa de juros para estimular a economia norte-americana, tornando o Brasil mais atrativo aos investidores estrangeiros.

Tarifaço de Trump

EUA dobram tarifas de importação sobre aço e alumínio. ou a valer hoje o decreto assinado pelo presidente norte-americano, para elevar de 25% para 50% as tarifas de importação sobre os produtos das indústrias siderúrgicas. Havia a expectativa de um novo adiamento do decreto.

Tensão entre as maiores economias do mundo aumenta. Os temores de guerra comercial voltam a assombrar o mercado financeiro diante da dificuldade de um acordo entre a China e os Estados Unidos. Ontem, Trump declarou "ser extremamente difícil" fechar um acordo com o presidente chinês, Xi Jinping.

A escalada tarifária de Trump sobre aço e alumínio gera preocupação com o comércio internacional e pode impactar a balança comercial brasileira, elevando a volatilidade cambial.
André Matos, CEO da MA7 Negócios

Compensação do IOF

Alternativa para elevação do imposto segue no radar. O anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que foi fechado um acordo sobre a forma de substituir as perdas sem o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) aliviou as tensões do mercado financeiro.

Decisão mostra unidade entre Executivo e Legislativo. A presença dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e Davi Alcolumbre (União-AP), sinalizou o empenho dos Poderes da República para o cumprimento da meta de zerar o déficit público neste ano. Inicialmente, partiu do Congresso a rejeição das novas alíquotas do IOF.

Medidas serão formalizadas só no domingo (8). A divulgação do pacote de medidas foi adiada a pedido de Motta e Alcolumbre, que desejam ouvir os líderes do Congresso sobre as propostas. O adiamento, no entanto, aumenta os temores e as especulações sobre as alternativas compensatórias ao IOF.

Avaliação do governo

Governo Lula é reprovado por 57% da população. O percentual divulgado hoje pela pesquisa Genial/Quaest representa o maior índice negativo do mandato do presidente. O estudo mostra ainda que o governo é aprovado por 40%. Os demais 3% não souberam ou não quiseram responder ao levantamento.

31% atribuem a fraude no INSS à atual istração. A pesquisa aponta ainda que 8% das pessoas citam o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como responsável pelos desvios do Instituto Nacional do Seguro Social. Metade dos entrevistados (50%) defende a abertura de uma I (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o escândalo.

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