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'Quem cobra imposto de bets e bilionários somos nós', diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Renato Araújo/Câmara dos Deputados
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad Imagem: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

Do UOL, em Brasília

14/06/2025 17h05

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender hoje a medida provisória de compensação de isenção do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), enviada esta semana ao Congresso.

O que aconteceu

"Quem cobra imposto de bets e bilionários somos nós", publicou o ministro nas redes sociais, no início da tarde. "Quem está isentando o trabalhador do imposto de renda somos nós", em uma fala alinhada à estratégia de comunicação do governo para rebater às críticas ao pacote.

O presidente Lula (PT) e ministros têm pregado que os aumentos tributários atingem em especial as "classes privilegiadas". "Vocês sabem quantos bilhões a gente dá de isenção para os ricos desse país que não pagam impostos?", questionou Lula, em defesa da medida, na última quinta.

A proposta foi enviada ao Congresso como medida provisória na quarta. Após muito vaivém, incluindo reuniões com lideranças parlamentares, o texto final propõe o aumento de tributação das bets, das fintechs e de alguns títulos de crédito.

Na postagem, Haddad se refere diretamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Calote em governadores, calote de precatórios, vendeu empresa pública a preço de banana e enquanto rifava o Brasil tentava dar o golpe na democracia. Estamos arrumando sua bagunça", disse.

O pacote tem sido alvo de críticas em especial de bolsonaristas. Parlamentares da oposição têm revivido o meme do Taxad para tentar grudar no ministro a fama de criador de impostos, algo amplamente impopular.

Apesar de os presidentes das duas Casas terem participado da discussão, não há garantia de que ele será aprovado pelo Legislativo. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), alertou que pode haver um "descasamento" entre propostas do governo e a aceitação do Congresso. No governo, diz-se, por outro lado, que a certeza é que o projeto antigo não aria.

Novas medidas tributárias

  1. Tributação maior sobre as plataformas de apostas esportivas
  2. Tributação de títulos de dívida privada isentos de IR
  3. Redução de 80% do IOF em operações de risco sacado
  4. Aumento de 15% para 20% da cobrança do IR sobre distribuição de J (Juros sobre Capital Próprio)
  5. Unificar em 17,5% a cobrança de IR que antes era escalonada sobre aplicações financeiras
  6. Tributar ativos virtuais, incluindo criptomoedas e criptoativos
  7. Elevar o patamar a partir do qual os aportes em VGBL (plano de previdência privada chamado Vida Gerador de Benefício Livre) serão tributados
  8. Retorno do investimento estrangeiro direto no Brasil volta a ser isento
  9. A alíquota fixa do IOF aplicável ao crédito à pessoa jurídica cai de 0,95% para 0,38%
  10. Pé-de-meia a a integrar o piso Orçamento
  11. Muda o "Seguro Defeso", seguro-desemprego para o pescador profissional artesanal
  12. Duração do auxílio-doença fica limitada a 30 dias
  13. Compensação Previdenciária será limitada à dotação orçamentária
  14. Perdas e ganhos poderão ser compensadas em todas as operações financeiras
  15. Muda a tributação de ganhos líquidos em mercados de Bolsa ou de balcão.

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