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Federação Venezuelana cobra medidas de Conmebol e Fifa contra Bobadilla, acusado de xenofobia

28/05/2025 15h17

A Federação Venezuelana de Futebol (FVF) se manifestou oficialmente nesta quarta-feira após o episódio entre Bobadilla, do São Paulo, e Navarro, do Talleres, ocorrido durante confronto válido pela fase de grupos da Libertadores.

Por meio de nota, a entidade repudiou com veemência os possíveis insultos sofridos pelo atleta venezuelano e cobrou providências por parte das autoridades e das principais entidades que regem o futebol sul-americano.

"Não é só um ataque a um profissional do esporte, mas sim uma tentativa de menosprezar nossa identidade", destacou a FVF, que também garantiu já ter encaminhado o caso às "instâncias correspondentes", dentre elas Conmebol e Fifa.

O lateral Navarro, um dos alvos dos insultos, foi às lágrimas em campo e quase deixou a partida no Morumbis. O volante Bobadilla, do São Paulo, é o acusado, embora tenha negado qualquer ato discriminatório e alegado que reagiu a provocações em um momento de tensão.

A Federação também expressou solidariedade total ao atletas e afirmou que não aceitará o que chamou de um padrão crescente de ofensas contra jogadores venezuelanos: "Esses feitos não são isolados. Atletas do nosso país têm sido alvo de discriminação dentro e fora dos estádios", completou.

Além de repudiar o ocorrido, a FVF solicitou medidas urgentes e exemplares, tanto para punir os responsáveis como para reforçar os protocolos contra a xenofobia no futebol.

Confira a nota completa divulgada pela FVF

"Desde a Federação Venezuelana de Futebol expressamos nosso mais firme repúdio diante dos atos de xenofobia sofridos pelos nossos jogadores Miguel Navarro e Jhoagny Contreras, ocorridos recentemente.

Nenhuma forma de discriminação cabe no futebol e na sociedade. Rechaçamos de maneira categórica esses ataques que atentam contra os princípios de respeito, inclusão e dignidade humana que promova o esporte.

Lamentavelmente, esses feitos não são isolados. Atletas venezuelanos têm sido objeto de manifestações discriminatórias dentro e fora dos estádios. Como Federação, não seremos indiferentes diante destas agressões que vulneram não só aos nossos atletas, senão o espírito mesmo do esporte.

Levamos esse caso às instâncias correspondentes e solicitamos às autoridades locais, às ligas profissionais e aos organismos internacionais - incluindo CONMEBOL e Fifa - tomar medidas urgentes e exemplares para sancionar essas condutas e reforçar os protocolos de prevenção e denúncia.

Nossa total solidariedade com Miguel e Jhoagny. Não estão sozinhos. Por trás de cada venezuelano tem uma nação que os acompanha, que levanta a voz e que exige respeito.

E que não fique dúvidas: a xenofobia contra um jogador de futebol venezuelano é inaceitável e será sempre enfrentada com a maior firmeza. Não é só um ataque a um profissional do esporte, mas sim uma tentativa de menosprezar nossa identidade. Onde tiver um venezuelano jogando futebol, deve haver respeito"

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