PM dá mata-leão e arrasta homem apagado até carro em abordagem em SP
Moradores de um condomínio em Atibaia (SP) gravaram uma cena de violência cometida por dois agentes da PM na noite de ontem.
O que aconteceu
PM deu mata-leão em homem, 26, por mais de dois minutos, enquanto outro impedia a aproximação de terceiros. Em um vídeo gravado por moradores, é possível ver que o policial atira para cima para afastar as pessoas que o cercam.
A princípio, o jovem se debate, mas depois parece desmaiar. Ao UOL, a ex-esposa do homem contou que ele tinha um mandado de prisão em aberto e foi parado pelos policiais após voltar de um dia de trabalho como mototaxista, por volta das 21h10. Agressões aconteceram na frente de um conjunto habitacional do bairro de Caetetuba.
Com o homem apagado, policiais o arrastam até o porta-malas do carro. Ele foi levado para a Delegacia de Polícia de Atibaia, onde foi preso por desobediência, resistência, dano ao patrimônio público e lesão corporal.
Polícia alega que homem reagiu, versão que família nega. Ex do suspeito afirmou que ele já estava fora da motocicleta quando foi arrastado e jogado no chão.
"A população tentou se aproximar para conter a agressão e infelizmente eles começam a empurrar e a tacar bombas, a população revoltada começou a atacar os polícias e a viatura", afirmou. Segundo a SSP, ele teria ferido um dos policiais.
Homem era considerado foragido porque estava em liberdade provisória, mas teve a liberdade revogada recentemente. Ele foi preso em 2020 por tráfico de drogas e desde que deixou a prisão dividia os turnos de trabalho como mototaxista e entregador de delivery.
PM diz que fez 'uso moderado da força'
Os policiais foram agredidos com pedradas e outros objetos, sendo necessária intervenção com uso moderado de força e com disparo de arma de fogo para o alto.
Trecho da nota enviada pela Polícia Militar de São Paulo ao UOL
Polícia Militar não respondeu ao ser questionada sobre se abriria investigação por excessos dos PMs. O UOL questionou à PM e à SSP sobre se alguma investigação istrativa seria aberta, mas nenhum dos órgãos se posicionou nas suas respostas oficiais. A ouvidoria da polícia também foi procurada. O espaço será atualizado se houver posicionamento.