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PF prende 5 em operação contra grupo com militares criado para matar políticos e ministros do Judiciário

28/05/2025 12h09

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira cinco pessoas em uma operação contra um grupo formado por militares e civis suspeito de buscar espionar e até matar políticos e membros do Judiciário, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou uma fonte com conhecimento do caso.

Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, foram apreendidos pela PF documentos que apontam preços que seriam cobrados pela quadrilha. Os detalhes da operação foram inicialmente divulgados pelo portal UOL e posteriormente confirmados à Reuters por uma fonte com conhecimento direto da operação.

Um documento, visto pela Reuters, aponta o preço de R$50 mil caso o alvo fosse uma "figura normal", subindo no caso de um deputado para R$100 mil, para R$150 mil no caso de senadores e para R$250 mil se o alvo fosse um "ministro do Judiciário".

O grupo, de acordo com o documento apreendido, intitulava-se "Comando C4: Comando de Caça aos Comunistas, Corruptos e Criminosos" e incluiria responsáveis istrativos, especialistas em informática, hackers e equipes de inteligência.

O documento também apontava os equipamentos a serem usados pelo grupo como fuzis e telefones satelitais.

Um dos mandados de prisão cumpridos pela PF foi contra um coronel da reserva, que na prática já estava preso desde janeiro do ano ado por suspeita de envolvimento no assassinato de um advogado em Cuiabá no final de 2023, de acordo com o UOL.

Segundo nota da PF nesta quarta-feira sobre a Operação Sisamnes, que investiga o homicídio do advogado em Cuiabá, a corporação "descobriu a existência de uma organização criminosa responsável pela prática de crimes como espionagem e homicídios sob encomenda". A PF, no entanto, não divulgou detalhes sobre o caso.

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