Preços do petróleo caem afetados por indicadores decepcionantes dos EUA
Os preços internacionais do petróleo caíram nesta quinta-feira (29), afetados pela imagem de uma economia americana em dificuldades após a divulgação de vários indicadores.
Em Londres, o preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em julho caiu 1,16%, fechando em 64,15 dólares.
Por sua vez, na bolsa de Nova York, o barril de West Texas Intermediate (WTI), também para entrega em julho, recuou 1,46%, encerrando a 60,94 dólares.
"Os dados econômicos divulgados hoje nos Estados Unidos não foram muito bons", declarou à AFP John Kilduff, analista da Again Capital.
"Tivemos essa leitura negativa do Produto Interno Bruto (PIB) e um aumento nos pedidos semanais de auxílio-desemprego", afirmou.
Em taxa anualizada, o PIB da economia mais desenvolvida do mundo caiu 0,2% no período de janeiro a março, informou o Departamento de Comércio.
Mas a maior "surpresa" foi o aumento dos pedidos iniciais de auxílio-desemprego, que "sugere que o estado do mercado de trabalho norte-americano é frágil", disse Kathleen Brooks, analista da XTB.
Esses pedidos subiram para 240 mil na semana ada, contra 226 mil na semana anterior, segundo os dados publicados nesta quinta-feira.
"Resumidamente: o mercado de trabalho começa a mostrar sinais de fraqueza", opinou por sua vez Oliver Allen, da Pantheon Macroeconomics.
Os Estados Unidos são o maior consumidor mundial de petróleo, e a saúde econômica do país tem um efeito direto sobre os preços do petróleo.
No entanto, os preços do petróleo se recuperaram brevemente após a publicação de um relatório da Agência de Informação sobre Energia (EIA), que mostrou uma queda maior do que a esperada nos estoques comerciais de petróleo na semana ada nos EUA.
Na semana encerrada em 23 de maio, esses estoques caíram 2,8 milhões de barris. Os analistas esperavam uma redução de cerca de 1,8 milhão de barris, segundo a média coletada no mercado pela agência Bloomberg.
O mercado também está atento à reunião deste fim de semana dos oito membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), na qual se prevê que os integrantes do cartel aumentem sua produção em 411 mil barris diários em julho, segundo os analistas.
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