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Fumaça de incêndios no Canadá cruza o Atlântico e atinge a Europa

Imagem aérea de incêndio florestal em Manitoba, no Canadá - Divulgação/Manitoba Government - 27.mai.2025/via AFP
Imagem aérea de incêndio florestal em Manitoba, no Canadá Imagem: Divulgação/Manitoba Government - 27.mai.2025/via AFP
do UOL

De Ecoa

em São Paulo

03/06/2025 16h15

Com a aproximação do verão no hemisfério norte, os incêndios florestais no Canadá voltam a ganhar força e já têm impacto além das fronteiras do país. De acordo com o Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus (CAMS, na sigla em inglês), a fumaça gerada por queimadas nas províncias canadenses de Manitoba, Saskatchewan e Ontário tem se espalhado pela atmosfera e alcançado a Europa.

De acordo com o CAMS, uma primeira nuvem de fumaça cruzou a região do Mediterrâneo entre os dias 18 e 19 de maio, chegando à Grécia e ao leste do Mediterrâneo. No final de maio, uma nuvem ainda maior atravessou o Atlântico e atingiu o noroeste da Europa no dia 1º de junho. A previsão é de que novas nuvens de fumaça continuem a se deslocar em direção ao continente europeu nos próximos dias.

Dados do CAMS mostram nuvem de fumaça sobre a região do Atlântico Norte - CAMS/ECMWF - CAMS/ECMWF
Dados do CAMS mostram nuvem de fumaça sobre a região do Atlântico Norte
Imagem: CAMS/ECMWF

A fumaça transportada por longas distâncias não deve comprometer significativamente a qualidade do ar, segundo os cientistas. "Esses episódios costumam ocorrer em altitudes mais elevadas, com efeitos visíveis como céus mais enevoados e pores do sol avermelhados ou alaranjados", explicou o cientista Mark Parrington, do CAMS.

Parrington destacou que os incêndios florestais são comuns nas florestas boreais durante a primavera e o verão, mas os dados recentes indicam uma temporada particularmente intensa nas regiões centrais do Canadá. "O fato de podermos observar a fumaça na Europa mostra a escala dos incêndios e o impacto que eles estão tendo em Manitoba e Saskatchewan", afirmou.

Além do Canadá, grandes incêndios também estão em atividade desde abril na Rússia, especialmente nas regiões da República de Buriácia e Zabaikalsky, a leste do lago Baikal. O CAMS aponta que as emissões de carbono na região já atingem cerca de 35 megatoneladas desde o início de abril, o maior nível para esse período desde 2018.

As previsões indicam que a fumaça desses incêndios russos também tem se deslocado para o nordeste da China, norte do Japão e até mesmo o Ártico, afetando a qualidade do ar em diversas regiões.

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