Canadá considera tarifas de Trump sobre aço e alumínio 'ilegais e injustificadas'
O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, qualificou nesta quarta-feira (04) como "ilegais e injustificadas" as tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o aço e o alumínio, dos quais seu país é o principal fornecedor para os Estados Unidos.
"Estamos mantendo discussões intensas" com o governo Trump, declarou Carney a jornalistas, e prometeu "responder" a essas tarifas que são "ruins para os trabalhadores americanos e, claro, para a indústria canadense".
O Canadá "levará algum tempo, não muito" para responder às novas tarifas, prometeu.
Ao mesmo tempo, Carney lembrou que as negociações com o governo dos Estados Unidos para reformular as relações comerciais bilaterais continuam.
O primeiro-ministro da província de Ontário, Doug Ford, acusou a gestão de Trump de romper um "acordo verbal" de não escalar as tarifas sobre os metais canadenses. Esta região concentra um grande número de produtores de aço.
Ford acrescentou que esse acordo, alcançado com o secretário de Comércio, Howard Lutnick, estabelecia a suspensão de 25% de sobretaxas na eletricidade que exportam para três estados americanos.
"Não podemos ficar sentados e deixar que Trump nos atropele", expressou. Diante de possíveis medidas de retaliação, acrescentou que "tudo está sobre a mesa".
Em 2024, o Canadá exportou 5,95 milhões de toneladas de aço e 3,15 milhões de toneladas de alumínio para os Estados Unidos, segundo dados americanos oficiais.
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