Brasileira fica 1h em hospital dos EUA e tem conta de R$ 40 mil: 'Chocante'

Na primeira semana de maio, grávida das gêmeas Joy e Liz e com contrações, a brasileira Naiara Ramiro, 34, foi até a emergência de um hospital de Orlando, nos EUA.
Saiu de lá em uma hora, mas com uma conta de quase R$ 40 mil (cerca de US$ 7.000). Ramiro publicou um vídeo contando o caso nas redes sociais e viralizou.
Um susto antes do parto
A empresária e influenciadora Naiara Ramiro, 34, mora em Orlando há três anos com o marido e as duas filhas. Em maio deste ano, ainda grávida de 36 semanas, ela começou a sentir contrações e decidiu procurar a emergência de um hospital privado.
"Eu sentia contrações de 10 em 10 minutos, então decidi ir ao hospital pra ver se estava começando o trabalho de parto, meu marido me levou", conta Naiara.
No entanto, foi um alarme falso. O atendimento foi rápido e durou apenas uma hora. Mesmo assim, a conta hospitalar ultraou os US$ 7.000 — cerca de R$ 40 mil na cotação atual.
Com seguro saúde, Naiara não precisou pagar o valor cheio, mas ainda assim teve que arcar com uma coparticipação de US$ 956 (cerca de R$ 5 mil).
Atendimento simples, valor alto
O procedimento realizado foi considerado de rotina: aferição de pressão, cardiotocografia para monitorar batimentos cardíacos dos bebês e um exame de toque para avaliar dilatação.
"Cheguei, já fui atendida, eles mediram minha pressão, me levaram para um quarto para fazer esse exame de cardiotoco, que monitora o coração das meninas e as contrações. Foi só isso. Depois a médica veio, falou que as contrações estavam sem ritmo e que o coração das meninas estava tudo certo. Fez um exame de toque, viu que eu não estava dilatando, e me liberou", relata Naiara.
É até chocante o valor. Justifica uma conta de US$ 7.000 para um atendimento de uma hora? Simples, um exame e medir pressão e checar o colo do útero
Naiara Ramiro, 34, influenciadora
Segundo Naiara, a diferença no valor se deve ao tipo de atendimento. Ela já vinha realizando o mesmo exame semanalmente por apenas US$ 12 de coparticipação. Mas, por ter buscado atendimento em uma emergência especializada em gravidez de alto risco, o
Mesmo com o susto, Naiara explica que seu seguro saúde tem um limite anual de gastos, o que a protege de contas ainda mais altas — especialmente em casos como o parto, que viria dias depois.
"Existe uma regra aqui no seguro saúde: você tem um teto máximo de gasto anual. Vamos supor que o meu teto seja US$ 2.000. Fui no hospital esse dia, ficou US$ 900 de coparticipação. Uma semana depois tive as gêmeas (Joy e Liz), então mesmo que o parto tenha custado US$ 100 mil, vou pagar só a diferença que faltava para atingir o meu teto", explica ela.
Segundo ela, o problema maior é para quem não tem nenhum tipo de cobertura: "Se a pessoa não tem seguro — nem do governo, nem particular, aí as contas são altíssimas!"
"Quando eu morava no Brasil, pagava plano de saúde em busca de um atendimento melhor. Aqui nos EUA também existe sistema de saúde do governo para pessoas de baixa renda, e além disso, os seguros particulares com coparticipações", comenta. Vale lembrar que não há um sistema único de saúde universal nos Estados Unidos, como há o SUS para os brasileiros.