Após ordem de Trump, Guarda Nacional chega a LA para conter protesto
300 soldados da Guarda Nacional chegaram em Los Angeles, nos Estados Unidos, para conter os manifestantes em atos pró-imigração após ordem do presidente Donald Trump.
O que aconteceu
Os primeiros 300 soldados chegaram à cidade um dia após a ordem de Trump. Segundo o New York Times, "centenas" de outros soldados estão a caminho.
Ordem de Trump contorna autoridade do governador da Califórnia, Gavin Newsom, que chamou a mobilização de "propositalmente inflamatória". O gabinete de Newsom informou que tropas da Guarda Nacional foram mobilizadas em três locais na cidade.
Pelo menos dois mil membros da guarda serão mobilizados em resposta às manifestações, segundo Trump. Hoje, o presidente publicou nas redes sociais elogiando o suposto trabalho da Guarda para conter manifestantes pró-imigrantes.
Presidente dos EUA insinuou nas redes que operação já havia sido concluída graças às suas ações. "Excelente trabalho da Guarda Nacional em Los Angeles após dois dias de violência, confrontos e agitação", escreveu Trump. Mas políticos locais alertaram que não foi a Guarda Nacional que agiu durante a noite.
Ele criticou Newsom e a prefeita de Los Angeles, Karen Bass. "Temos um governador (Newscum) [forma usada por Trump para alterar o nome do governador e utilizar a palavra "scum", que significa "escória" em inglês) e a prefeitura (Bass) incompetentes que, como sempre foram incapazes de lidar com a tarefa", publicou em uma rede social.
Trump chamou manifestantes de "arruaceiros pagos" e disse que eles não seriam tolerados. O presidente dos EUA disse ainda que os protestos teriam sido organizados pela "esquerda radical". Ele escreveu ainda que "máscaras não seriam permitida nos protestos" e questionou: "o que essas pessoas têm a esconder?".
Bass diz que Guarda Nacional não foi a Los Angeles. "Quero agradecer à polícia de Los Angeles e à polícia local por seu trabalho esta noite. Também gostaria de agradecer a Gavin Newsom por seu apoio", disse. "Só para esclarecer, a Guarda Nacional não foi enviada para a cidade de Los Angeles", afirmou.
Na terça-feira (3), agentes federais prenderam mais de 2.200 imigrantes chegando ao recorde de detidos em um único dia. Os agentes intensificaram as ações contra os manifestantes e utilizaram bombas de gás lacrimogêneo contra os participantes.
Diretor do Serviço de Migração e Alfândega dos EUA disse que não se desculparia pelas ações. Segundo Tom Homan, as autoridades estão "intensificando esforços" para lidar com a violência. "Não vamos nos desculpar por fazer isso", disse ele, à Fox News.