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Dissidentes das Farc reivindicam ataques que deixaram sete mortos na Colômbia

13/06/2025 20h41

A maior dissidência da extinta guerrilha das Farc reivindicou nesta sexta-feira (13), em um vídeo, os múltiplos ataques que mataram sete pessoas no sudoeste da Colômbia na última terça-feira.

Os rebeldes, que não aderiram ao acordo de paz de 2016, realizaram ataques simultâneos com disparos, carros-bomba e drones em Cali, a terceira maior cidade do país, e em povoados próximos. Dois policiais e cinco civis morreram, de acordo com a polícia, que também relatou 28 feridos.

Em um vídeo enviado a um grupo de jornalistas, um comandante que se identifica como Marlon Vásquez assume a responsabilidade do chamado Estado-Maior Central (EMC) pelos fatos.

"Eles ocorrem no marco da comemoração dos 61 anos de luta" das Farc, fundadas em junho de 1964, afirma ele, vestido com uniforme camuflado ao lado de outros guerrilheiros armados com fuzis.

As autoridades reportaram 24 ataques, enquanto os dissidentes afirmam que foram 40.

A Colômbia atravessa sua pior crise de segurança em uma década. No sábado, o pré-candidato de direita à presidência Miguel Uribe foi baleado por um suposto atirador de 15 anos, que está detido.

O também senador, de 39 anos, está em estado crítico em uma clínica.

O governo disse na terça-feira que investigava se os acontecimentos estão relacionados, já que uma das hipóteses do presidente de esquerda Gustavo Petro é que o EMC esteja por trás do atentado.

Os dissidentes negaram na quinta-feira qualquer responsabilidade e qualificaram o episódio como um "autoatentado" da direita.

O governo insiste que os recentes ataques no país fazem parte de um plano de desestabilização.

Petro também menciona uma suposta máfia de narcotraficantes colombianos e estrangeiros sediada em Dubai como possíveis mandantes.

Os candidatos do partido de Uribe, o opositor Centro Democrático, suspenderam nesta sexta-feira seus atos de campanha para as eleições presidenciais de 2026, nas quais a direita busca recuperar o poder.

als/das/cjc/am

© Agence -Presse

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