Ainda não tem um
email BOL? Assine

BOL Mail com até 18 GB Clube de descontos, antivírus e mais
Topo
Notícias

Prévia da inflação cai para 0,36% em maio, mesmo com alta das contas de luz

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo (SP)

27/05/2025 09h03

A prévia da inflação perdeu força e fechou o mês de maio em 0,36%, mostram dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mesmo com a desaceleração, o resultado do índice foi influenciado pelo aumento das contas de energia elétrica devido à adoção da bandeira tarifária amarela neste mês.

Como foi o IPCA-15

Prévia da inflação perdeu ritmo em maio. A alta de 0,36% representa a terceira desaceleração consecutiva do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15). Inferior ao resultado de abril (0,43%), a taxa corresponde à menor variação para meses de maio desde a deflação de 0,59% registrada em 2020. No ano ado, o aumento apurado foi de 0,44%.

Índice acumulado em 12 meses desacelera. Com o resultado, o IPCA-15 a a apresentar variação positiva de 5,4% desde junho do ano ado. Ainda assim, trata-se da maior taxa para o período desde 2022 (12,2%). No ano ado, a alta acumulada era de 3,7%.

Variação do IPCA-15 permanece acima do teto da meta. O limite de tolerância de 1,5 ponto percentual definido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) permite que a inflação acumulada em 12 meses oscile entre 1,5% e 4,5% neste ano. Caso o furo persista até junho, o BC (Banco Central) deverá se explicar para o Ministério da Fazenda.

Contas de luz

Tarifas de energia elétrica mais caras pesam no bolso. A alta de 1,68% da conta de luz residencial foi motivada pela implementação da bandeira tarifária amarela nas contas de energia elétrica residencial neste mês. A determinação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) eleva o valor das contas em R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Bandeira tarifária não tinha cobrança extra desde dezembro. A cobrança adicional foi atribuída à redução das chuvas na transição do período chuvoso para o período seco. "A previsão de geração de energia proveniente de hidrelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara", disse a Aneel.

Alimentos

Preço da batata-inglesa dispara 20% em maio - Vinícius de Oliveira/UOL - Vinícius de Oliveira/UOL
Preço da batata-inglesa dispara 20% em maio
Imagem: Vinícius de Oliveira/UOL

Preço de alimentos e bebidas perde fôlego. Após variações acima de 1% nos últimos dois meses, o grupo de despesas desacelerou alta para 0,39% em maio. A variação é a menor desde setembro do ano ado (+0,05%).

Batata-inglesa foi a principal vilã do mês. A alta de 21,75% do tubérculo foi acompanhada pelas variações positivas da cebola (6,14%) e do café moído (4,82%). Destaca-se ainda o lanche, que havia subido 1,23% em abril e desacelerou para 0,84% em maio.

Preços do tomate, do arroz e das frutas caíram. As baixas de, respectivamente, 7,28%, 4,31% e 1,64% influenciaram na perda de força da cesta de alimentos apurada pelo IBGE para a composição do IPCA-15. Os ovos de galinha estão 2,23% mais baratos.

Veja a variação de cada um dos grupos:

  • Vestuário: +0,92%
  • Saúde e cuidados pessoais: +0,91%
  • Habitação: +0,67%
  • Alimentação e bebidas: +0,39%
  • Comunicação: +0,27%
  • Educação: +0,09%
  • Despesas pessoais: +0,5%
  • Artigos de residência: -0,07%
  • Transportes: -0,29%

O que é o IPCA-15

Índice foi criado para apurar a variação dos preços nos 30 dias finalizados na metade de cada mês. O indicador começou a ser divulgado em maio de 2000 e representa uma prévia do IPCA, o índice oficial da inflação no país. Para este mês, a apuração refere-se ao no período entre 15 de abril e 15 de maio.

Indicador considera a evolução dos preços em nove grandes grupos. As análises levam em conta as variações apresentadas por itens das áreas de alimentação e bebidas, artigos residenciais, comunicação, despesas pessoais, educação, habitação, saúde e cuidados pessoais, transportes e vestuário.

Coleta de preços do IPCA-15 é feita em um período não calculado pelo IPCA. Com isso, o indicador demonstra qual será a tendência do resultado do final do mês. A análise tem como alvo a cesta de produtos consumidos pelas famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, residentes em 11 áreas urbanas do Brasil (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Distrito Federal).

Notícias