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Os 10 melhores filmes para o diretor brasileiro Karim Aïnouz; um é nacional

O diretor brasileiro Karim Ainouz no Festival de Cannes, em 2019 - Oleg Nikishin\TASS via Getty Images
O diretor brasileiro Karim Ainouz no Festival de Cannes, em 2019 Imagem: Oleg Nikishin\TASS via Getty Images
do UOL

Colaboração para Splash, em São Paulo

31/05/2025 05h30Atualizada em 31/05/2025 19h55

Diretor de filmes nacionais aclamados como "Madame Satã", "O Céu de Suely" e "Praia do Futuro", Karim Aïnouz, 59, elegeu os 10 melhores filmes da história ao votar no ranking da revista britânica Sight and Sound.

A revista especializada divulga duas listas dedicadas à sétima arte a cada 10 anos. Uma delas é elaborada por críticos de cinema. A outra é feita por cineastas. Aïnouz compôs o grupo de 460 diretores votantes de 2022.

Top 10 do diretor brasileiro

"O Medo Devora a Alma" (1974), de Rainer Werner Fassbinder. Neste drama ícone do Novo Cinema Alemão, Fassbinder aborda o racismo e a solidão por meio do improvável romance entre Emmi, uma viúva alemã de meia-idade, e Ali, um imigrante marroquino muito mais jovem. A obra combina crítica social com melodrama emocional. Foi aclamado internacionalmente e recebeu o Prêmio da Crítica no Festival de Cannes. Disponível no Looke.

Cena de 'Me Devora a Alma' - Divulgação - Divulgação
Cena de 'Me Devora a Alma'
Imagem: Divulgação

"Imitação da Vida" (1959), de Douglas Sirk. Um clássico do melodrama hollywoodiano, explora questões de maternidade, racismo e identidade nos EUA dos anos 1950. A história acompanha duas mães, cujas vidas se entrelaçam enquanto enfrentam os desafios da sociedade segregacionista. O filme recebeu duas indicações ao Oscar, incluindo Melhor Atriz Coadjuvante (Juanita Moore), mas não venceu. Disponível no Looke.

Cena de 'Imitação da Vida' - Divulgação - Divulgação
Cena de 'Imitação da Vida'
Imagem: Divulgação

"A Hora da Estrela" (1985), de Suzana Amaral. Baseado no romance de Clarice Lispector, o filme narra a vida de Macabéa, uma jovem nordestina deslocada no Rio de Janeiro, vivendo à margem da sociedade. O longa é considerado um marco do cinema brasileiro. Disponível no Globoplay.

Cena de 'A Hora da Estrela' - Divulgação - Divulgação
Cena de 'A Hora da Estrela'
Imagem: Divulgação

"Canção de Amor" (1950), de Jean Genet. O único filme dirigido pelo escritor francês Jean Genet é um curta experimental e lírico sobre o desejo homoerótico entre prisioneiros e um guarda. Sem diálogos, é visualmente poético e provocador. Nunca concorreu ao Oscar, mas é considerado um marco no cinema queer e experimental europeu. Não está disponível no streaming.

Cena do curta 'Canção de Amor', de 1950 - Divulgação - Divulgação
Cena do curta 'Canção de Amor', de 1950
Imagem: Divulgação

"O Deserto Vermelho" (1964), de Michelangelo Antonioni. Drama que marcou a estreia do diretor no cinema colorido. Monica Vitti interpreta Giuliana, uma mulher emocionalmente perturbada que vaga por paisagens industriais buscando sentido. O filme venceu o Leão de Ouro no Festival de Veneza e é considerado uma obra-prima do modernismo cinematográfico. Não está disponível no streaming.

Monica Vitti no filme "O Deserto Vermelho" (1964), de Michelangelo Antonioni - Divulgação - Divulgação
Monica Vitti no filme "O Deserto Vermelho" (1964), de Michelangelo Antonioni
Imagem: Divulgação

"Notícias de Casa" (1976), de Chantal Akerman. Neste filme híbrido entre documentário e ficção, Akerman filma paisagens urbanas de Nova York enquanto narra cartas enviadas por sua mãe da Bélgica. Há um contraste entre a grande cidade impessoal e a intimidade das palavras revela temas de exílio, memória e pertencimento. Disponível no Filmicca.

Notícias de Casa - Divulgação - Divulgação
Cena do filme 'Notícias de Casa'
Imagem: Divulgação

"Felizes Juntos" (1997), de Wong Kar Wai. O filme explora a relação tumultuada de um casal gay de Hong Kong em Buenos Aires. Com fotografia marcante e trilha sonora melancólica, venceu o prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes. É um dos filmes LGBTQIA+ mais influentes do cinema mundial. Disponível no MUBI.

"Felizes Juntos" (1997), de Wong Kar Wai. - Divulgação - Divulgação
"Felizes Juntos" (1997), de Wong Kar Wai
Imagem: Divulgação

"Uma Mulher Sob Influência" (1974), de John Cassavetes. Trata-se de um retrato cru da saúde mental e da dinâmica familiar, no qual Gena Rowlands vive uma mulher à beira do colapso. O filme rendeu indicações ao Oscar para Rowlands (Melhor Atriz) e para Cassavetes (Direção), consolidando o cinema independente norte-americano dos anos 1970. Disponível no Looke.

Cena de 'Uma Mulher Sob Influência' - Divulgação - Divulgação
Cena de 'Uma Mulher Sob Influência'
Imagem: Divulgação

"A Batalha de Argel" (1966), de Gillo Pontecorvo. Retrato quase documental da luta pela independência da Argélia contra a França, no qual o diretor adotou uma estética jornalística para representar os dois lados do conflito. O filme foi indicado a três Oscars (Melhor Direção, Roteiro Original e Filme Estrangeiro) e é referência em cinema político até hoje. Não está disponível no streaming.

Cena de 'A Batalha de Argel' - Divulgação - Divulgação
Cena de 'A Batalha de Argel'
Imagem: Divulgação

"Titane" (2021), de Julia Ducournau. Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, este thriller corporal francês chocou o público com sua fusão de horror, ficção científica e drama psicológico. A história gira em torno de Alexia, uma mulher com uma placa de titânio no crânio, que desenvolve uma ligação perturbadora com carros. Disponível no MUBI.

Cena de 'Titane', de 2021 - Divulgação/ MUBI - Divulgação/ MUBI
Cena de 'Titane', de 2021
Imagem: Divulgação/ MUBI

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