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Dino manda CGU investigar ONGs por farra com emendas após reportagem do UOL

O ministro do STF Flávio Dino - Divulgação/STFvia AFP
O ministro do STF Flávio Dino Imagem: Divulgação/STFvia AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo e Brasília

27/05/2025 12h23

O ministro do STF Flávio Dino determinou que a CGU (Controladoria-Geral da União) inclua em uma auditoria ONGs citadas em reportagem do UOL por receber recursos milionários que saíram de entidades suspeitas de irregularidades no uso de emendas parlamentares.

O que aconteceu

Dino afirma que há suspeitas de que as ONGs sirvam para "ocultação" de integrantes das entidades suspeitas de desviar recursos de emendas. Em decisão nesta terça-feira (27), o ministro aponta que os fatos revelados pelo UOL indicam a "perpetuação" de práticas que "atentam contra a transparência e a rastreabilidade" orçamentária.

Migração de recursos para outras ONGs seria "gravíssima burla aos comandos judiciais", segundo Dino. A reportagem mostrou que sete entidades sem histórico de projetos relevantes com verbas federais foram contempladas, apenas no semestre ado, com R$ 274 milhões em emendas de ao menos 21 parlamentares —19 do Rio e 2 do Amapá;

Desse valor, R$ 219 milhões migraram, a pedido de parlamentares, de uma rede de entidades suspeitas de desvio de emendas. Os recursos foram enviados para outras cinco ONGs, após a série de reportagens "Farra das ONGs", que colocou sete ONGs suspeitas na mira de Dino, da CGU (Controladoria-Geral da União) e do TCU (Tribunal de Contas da União). A maioria delas não apresenta provas de que tem capacidade para gerir tanto dinheiro.

Novo grupo de ONGs tem integrantes que são ou foram ligados recentemente às entidades suspeitas de desvios de verba federal. Outro fator reforça esse elo: o equivalente a 80% do total de R$ 274 milhões em emendas migrou, no ano ado, das ONGs suspeitas de desvios para as novas entidades.

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