Topo
Notícias

Ibovespa vai na contramão de Wall Street e recua

29/05/2025 10h49

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa tinha queda discreta nesta quinta-feira, apesar de viés positivo em Wall Street, após um tribunal de comércio dos Estados Unidos bloquear a maior parte das tarifas do presidente Donald Trump.

O setor de proteínas na bolsa paulista também estava sob os holofotes após o Brasil ter sido reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como livre de febre aftosa sem vacinação pela primeira vez, o que pode ajudar a abrir novos mercados.

Por volta de 10h40, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha queda de 0,35%, a 138.405,60 pontos. O volume financeiro no pregão somava R$1,5 bilhão.

"O Ibovespa está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias e segue próximo de sua máxima histórica. Um fechamento acima dos 140.400 favorecerá teste dos 145.400 ou 150.800 por Fibonacci", afirmou o analista técnico Gilberto Carvalho, da XP.

Carvalho afirmou que haveria um sinal de realização de lucro com um fechamento abaixo dos 138.500 pontos, mirando es entre 135.000 e 129.500 pontos. "O IFR (índice de força relativa) apontou para baixo alertando para realizações", acrescentou.

Em Wall Street, o clima positivo nos negócios também tinha como apoio o resultado da Nvidia, com vendas acima do esperado por analistas no primeiro trimestre.

DESTAQUES

- JBS ON avançava 0,42%, mas MINERVA ON caía 2,3% e MARFRIG ON recuava 0,4%. De acordo com associações do setor de proteínas, o Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como livre de febre aftosa sem vacinação pela primeira vez, uma conquista histórica para o país e que poderá ajudar na abertura de novos mercados internacionais para a carne brasileira.

- VALE ON subia 0,07%, conforme os futuros do minério de ferro na China interromperam uma sequência de quatro dias de perdas nesta quinta-feira, impulsionados pelo sentimento otimista do mercado na esteira da decisão de tribunal dos EUA envolvendo as tarifas comerciais. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações diurnas com alta de 1,29%, a 707 iuanes (US$ 98,31) a tonelada.

- PETROBRAS PN desvalorizava-se 0,95%, com queda dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent era transacionado com baixa de 0,9%. A diretoria executiva da estatal aprovou a emissão de R$3 bilhões em debêntures simples em até três séries. Os recursos vão custear gastos, despesas ou dívidas relacionadas a investimentos em projetos prioritários da companhia.

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,9%, enquanto BRADESCO PN subia 0,2%, BANCO DO BRASIL ON mostrava decréscimo de 1,16% e SANTANDER BRASIL UNIT perdia 0,5%. Dados do Banco Central mostraram que o estoque total de crédito no Brasil subiu 0,7% em abril sobre o mês anterior. No segmento de recursos livres, a inadimplência foi de 4,8% e o spread bancário foi de 31,3 pontos percentuais.

- B3 ON caía 1,6%, em meio a relatório de analistas do UBS BB, que cortaram a recomendação das ações para "neutra", citando "upside" potencial limitado à frente, dada a valorização acumulada pelas ações de cerca de 40% neste ano. Os analistas, contudo, elevaram o preço-alvo dos papéis de R$13,50 para R$16, na esteira da revisão para cima da estimativa do lucro para o período de 2025 a 2029.

- AZUL PN recuava 3,9% no último pregão no Ibovespa, do qual será excluída no final do dia após pedir recuperação judicial nos Estados Unidos na véspera. As agências de classificação de risco S&P e Fitchtambém cortaram na quarta-feira a nota de crédito da companhia aérea para D.

Notícias