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Produção de cachaça tem crescido, mas setor lamenta preconceito

29/05/2025 16h02

Crescimento

Segundo o anuário, o volume de produção de cachaça declarado em 2024 atinge nacionalmente o montante de mais de 292,459 milhões de litros, representando um aumento de 29,58% em relação a 2023.

Os dados são relativos a 7.223 produtos, o que representou um crescimento de 20,4 % em relação ao total de produtos registrados em 2023. 

O anuário, feito pelo Mapa em parceria com entidades como o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), ainda identificou que todas as regiões do país tiveram aumento no número de estabelecimentos registrados. 

Minas Gerais é o estado que tem mais registros, com 501 estabelecimentos, seguido de São Paulo (179), Espírito Santo (81) e Santa Catarina (73). O estado do Ceará apresentou o maior crescimento, ando de 34 em 2023 para 47 em 2024, o que representa 38,2% de crescimento no estado. 

Empregos e demandas

Representantes do setor aproveitaram o evento de divulgação do anuário para apontar que, apesar de a cachaça ser bebida típica e tradicional do Brasil, trata-se de um destilado que ainda sofre preconceito pelo consumidor brasileiro e que carece de apoio governamental. 

"É um setor que gera hoje mais de 600 mil empregos, diretos e indiretos. São produtores espalhados de norte a sul do Brasil", informou o presidente do Ibrac, Carlos Lima. 

Outro papel da produção é que são micro e pequenas empresas, com um papel, segundo os produtores, importante para a fixação do homem no campo.

"É um setor que sofre com uma alta carga tributária. Todas as bebidas alcoólicas deveriam ter o mesmo tratamento", defende.

Outra queixa de Carlos Lima é que bebidas destiladas têm regras mais rígidas de publicidade do que aquelas de baixo teor alcoólico, como a cerveja. 

"São produtores de áreas rurais com uma matéria-prima que é 100% nacional, que é a cana-de-açúcar".

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