Goldman Sachs eleva Suzano para compra vendo recuperação potencial dos preços de celulose
(Reuters) - Analistas do Goldman Sachs elevaram a recomendação das ações da Suzano para compra ante neutra, bem como o preço-alvo dos papéis para R$65 ante R$63, conforme relatório a clientes no final da quinta-feira, citando potencial de recuperação cíclica dos preços de celulose e valuation atrativo.
"Nós acreditamos que é hora de comprar a Suzano", afirmaram Marcio Farid e equipe, citando que os preços da celulose estão próximos do custo marginal, o dólar se desvalorizou ante o real no acumulado do ano, o posicionamento setorial é bastante fraco e o preço está atrativo.
Eles afirmaram ter adotado um tom mais conservador em relação à ação desde que começaram a cobrir a empresa em setembro de 2021, uma vez que previam um ciclo de preços de celulose desafiador e prolongado e, mais recentemente, uma concorrência cada vez maior com o fornecimento local da China.
"Ainda esperamos que os preços e a lucratividade da celulose fiquem, em média, abaixo do que esperaríamos, já que o preço de incentivo e as margens provavelmente serão limitados pela deflação contínua da curva de custo-caixa e pela adição significativa de capacidade na América Latina e na Ásia."
"Mas também consideramos os preços atuais da celulose como insustentáveis -- próximos ao limite inferior de uma faixa cíclica, com o preço à vista a US$500 por tonelada versus o preço 'normalizado' a US$500-US$650 por tonelada", ponderaram os analistas no relatório.
Para equipe do Goldman Sachs, embora possa levar alguns meses para uma recuperação cíclica, o histórico sugere que as ações têm um bom desempenho em uma tendência de alta. Eles também veem uma tendência de queda limitada para os preço da celulose e das ações a partir daqui.
"Esperamos que uma recuperação cíclica se materialize até o final de 2025, atingindo valores elevados de US$500s", afirmaram, acrescentando que Suzano é o nome preferido deles para estar exposto a uma eventual recuperação dos preços de celulose.
(Por Paula Arend Laier)