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Lula nega erro de Haddad e estuda 'novas possibilidades' à alta do IOF

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL

03/06/2025 11h21

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou hoje que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha errado ao anunciar as novas tarifas do IOF e depois voltado atrás. Lula disse a jornalistas que "está discutindo outras possibilidades" ante o aumento do imposto.

O que aconteceu

Lula disse que está "discutindo novas possibilidades" por conta do aumento das alíquotas do IOF. Na noite de 22 de maio, o governo recuou de parte das medidas.

Presidente nega que Haddad errou ao apresentar proposta de elevação das alíquotas e ter voltado atrás de parte das medidas no dia seguinte. "Era uma sexta-feira e eles (o Ministério da Fazenda) queriam anunciar isso rápido para dar tranquilidade à sociedade brasileira. Eu não acho que tenha sido um erro, não. Eu acho que foi um momento político, sabe? Em nenhum momento o companheiro Haddad teve qualquer problema", disse Lula.

O aumento das alíquotas de IOF foi pensado para ajudar a fechar as contas do governo no ano. A expectativa é arrecadar R$ 18,5 bilhões ainda neste ano com as mudanças e R$ 38 bilhões em 2026, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Lula reconhece que juros estão "muito altos", mas diz que Banco Central deve começar a baixar a Selic. O presidente disse que não tem comentado sobre a taxa de juros por conta do presidente do BC, Gabriel Galípolo. " Você acha que eu não critico juros porque é o Galípolo que está lá? Não, não é por conta disso. É por que quando a gente discute no governo, o que está acontecendo já estava precificado. A gente já sabia que ia acontecer. Então, o que nós estamos conscientes é de que a inflação está controlada, começou a cair o preço dos alimentos e eu acho que logo, logo, o Banco Central vai tomar a atitude correta de começar a abastar os juros. Os juros estão muito altos", disse Lula.

Presidente criticou ainda renúncias fiscais a empresas de R$ 800 bilhões. O presidente reforçou que o valor não é "pouca coisa" e observou que o governo "fica se matando para cortar R$ 30 bilhões no orçamento" enquanto esse valor poderia ser retirado do bolo das renúncias fiscais. "Acontece que as pessoas acham que é um direito adquirido. (...) Não pode ser assim."

Fraude ao INSS

Lula garante que aposentados do INSS serão ressarcidos após fraude. "Antigamente as pessoas roubavam o banco, antigamente as pessoas roubavam a gente rica, mas agora está pobre roubando pobre", disse o presidente. Lula observou que envolvidos vão ser punidos, porém, recomendou cautela nas investigações. "Não queremos punir nenhuma entidade de forma precipitada, por isso a cautela que eu disse à CGU, à Polícia Federal, muita cautela para a gente não levar uma pessoa a ser crucificada e depois a gente não pede desculpa. Não tem importância que demore uma semana a mais, um mês a mais", observou o presidente.

O que nós estamos pedindo é dar uma chance às entidades para que elas apresentem prova da veracidade da das pessoas. (...) Se alguma apresentar, será levada muito a sério, será investigada corretamente. E, se ela não cometeu nenhum erro, ela não tem que pagar o preço, mas as outras terão que pagar o preço, com perda de patrimônio. Lula, em coletiva de imprensa

Lula diz que investigações sobre fraude do INSS será "exemplo de como deve agir o governo na averiguação de denúncias neste país". O presidente reforçou que "não terá brincadeira" por parte do governo. "A nossa preocupação, além de permitir que as instituições que têm que fiscalizar, fiscalizem, é permitir que o governo comece a tratar de ver o pagamento mais rápido possível das pessoas que foram levadas", disse Lula.

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