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Ben Sulayem declara candidatura para segundo mandato como presidente da FIA

25/05/2025 13h34

Por Alan Baldwin

MÔNACO (Reuters) - Mohammed Ben Sulayem se candidatará a um segundo mandato de quatro anos como presidente da FIA em dezembro, dizendo que acolheria bem qualquer candidato rival e que está em uma missão para fazer crescer o automobilismo e tornar mais forte o órgão dirigente da Fórmula 1.

Em entrevista à Reuters durante o Grande Prêmio de Mônaco, Ben Sulayem disse que tomou a decisão depois de conversar com membros da Federação Internacional de Automobilismo.

"Sinto que ter três anos em uma federação complexa como a FIA não é suficiente", explicou o ex-piloto de rali de 63 anos, declarando abertamente sua candidatura à reeleição pela primeira vez.

Ele disse que está orgulhoso do que foi alcançado durante seu mandato e não vê razão para fazer algo diferente na segunda vez.

"Se eu preciso de mais tempo? Sim. Foi fácil? Nunca. Foi agradável? Às vezes. Então, eu vou (me candidatar). Consultei a maioria dos membros. Eu falo com eles."

Ben Sulayem disse que quer "continuar a desenvolver o automobilismo. Para tornar a FIA cada vez mais forte. Essa é a minha ambição e é isso que farei".

Ele sugeriu que a FIA, que, em última análise, é proprietária do campeonato de Fórmula 1 embora os direitos comerciais de longo prazo sejam detidos pela Liberty Media, foi "negligenciada".

"Não faz sentido para mim que um piloto (de Fórmula 1) e um diretor de equipe ganhem mais dinheiro do que toda a FIA, e a FIA é dona do campeonato. Isso é justo?", disse ele.

O primeiro mandato de Ben Sulayem foi marcado por controvérsias desde que ele foi eleito em 2021 como sucessor do ex-chefe de equipe da Ferrari, Jean Todt.

Houve batalhas com a Liberty Media sobre questões comerciais e acusações de sexismo, e ele irritou os pilotos de rali e da Fórmula 1 ao reprimir os palavrões com multas pesadas.

Funcionários de alto escalão deixaram a FIA, levando a relatos de um êxodo, e houve questionamentos sobre mudanças no estatuto que, segundo os críticos, limitarão os poderes dos comitês de auditoria e ética.

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