Confiança de serviços no Brasil avança em maio com melhora das expectativas, diz FGV
SÃO PAULO (Reuters) - A confiança do setor de serviços do Brasil teve alta em maio influenciada pela melhora principalmente das expectativas, mostraram os dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 1,5 ponto, para 91,9 pontos, informou a FGV, depois de ter registrado queda de 2,5 pontos em abril.
"Após um resultado negativo no mês ado, a confiança de serviços volta a subir em maio, influenciada, principalmente, pela compensação nas expectativas futuras do setor que voltam a subir", disse Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
A FGV informou que o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, avançou 2,6 pontos em maio, para 89,8 pontos.
Já o Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, teve alta de 0,4 ponto, para 94,2 pontos.
Os dois quesitos que compõem o ISA-S apresentaram avanços de 0,2 ponto para o indicador de volume de demanda atual e de 0,6 ponto para indicador de situação atual dos negócios, alcançando 95,2 e 93,2 pontos.
Já entre os quesitos que compõem o IE-S, o indicador de demanda prevista nos próximos três meses subiu 2,8 pontos, para 90,80 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses aumentou 2,5 pontos, atingindo 88,8 pontos.
Pacini destacou ainda que, mesmo com o aquecimento do mercado de trabalho no primeiro trimestre, a tendência da confiança de serviços ainda não reverteu, tendo apenas reduzido a queda.
"O cenário macroeconômico segue incerto para as empresas que podem se deparar com um segundo semestre de desaceleração da atividade e um ambiente que aponta para pressões nos preços, política monetária contracionista e aumento da incerteza econômica", completou.
O Banco Central vem implementando um forte aperto monetário no país, tendo levado a taxa Selic a 14,75% ao ano neste mês na tentativa de arrefecer a inflação e controlar expectativas de mercado.
(Por Camila Moreira)