Petróleo sobe com força, entre decisão da Opep+ e fatos geopolíticos
Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira (2), com o mercado aliviado porque o aumento de produção anunciado no sábado pelo cartel da Opep+ não foi maior do que o esperado, e atento à guerra na Ucrânia e às negociações sobre o programa nuclear do Irã.
Em Londres, o preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em agosto ? primeiro dia de uso como contrato de referência ? subiu 2,95%, chegando a 64,63 dólares.
Já em Nova York, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em julho subiu 2,85%, encerrando o dia a 62,52 dólares, após atingir brevemente os 63,88 dólares durante a sessão, um aumento de mais de 5%.
Os operadores "esperavam um aumento de produção potencialmente maior" por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus associados (Opep+), declarou à AFP John Kilduff, analista da Again Capital.
Arábia Saudita, Rússia e outros seis membros da Opep+, que haviam começado a reabrir suas válvulas de produção em abril, anunciaram no sábado um novo aumento da produção em julho, de 411 mil barris diários adicionais ? a mesma quantidade registrada em maio e junho.
Contudo, esse aumento já era amplamente esperado pelo mercado, e os preços do petróleo chegaram a cair na sexta-feira diante de rumores na imprensa que mencionavam a possibilidade de uma alta na produção superior aos 411 mil barris diários.
A Ucrânia "atacou [no domingo] bases aéreas distantes da fronteira russa, o que evidencia as capacidades ucranianas e o risco enfrentado pelos suprimentos de petróleo russo", apontaram os analistas da consultoria DNB Carnegie.
Além disso, o Irã descartou nesta segunda-feira qualquer acordo com os Estados Unidos para regular seu programa nuclear, caso o objetivo seja "privá-lo de suas atividades pacíficas" de enriquecimento de urânio.
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