Trump participará de cúpula da Otan em Haia no final de junho
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participará da cúpula da Otan em Haia, nos Países Baixos, nos dias 24 e 25 de junho, cujo tema central da agenda serão suas exigências de aumentar os gastos em defesa, anunciou a Casa Branca nesta terça-feira (3).
Desde que retornou à Casa Branca em janeiro, Trump criticou seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) por não aumentarem seus gastos militares e não havia confirmado previamente sua presença na reunião.
"Confirmo que ele participará da cúpula da Otan", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, nesta terça.
Esta será a primeira reunião com os membros da aliança militar transatlântica desde a volta do magnata ao poder nos Estados Unidos.
A guerra entre Ucrânia e Rússia também estará na pauta, e o presidente Volodimir Zelensky confirmou nesta terça que o seu país foi convidado. Zelensky e Trump tiveram um encontro tenso no Salão Oval em fevereiro.
Trump cogitou uma saída dos Estados Unidos da Otan em seu primeiro mandato e, desde então, tem ameaçado defender apenas os aliados que, na sua opinião, gastam o suficiente com defesa.
Sua principal exigência é que os membros da Otan dediquem 5% de seu PIB à defesa, alegando que Washington a a maior parte do peso desse gasto.
Nenhum dos 32 membros da Otan, incluindo os Estados Unidos, alcança atualmente esse nível.
Para satifazer o magnata americano, o secretário-geral da aliança e ex-primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, apresentou uma proposta para destinar 3,5% do PIB às despesas diretas com defesa até 2032 e 1,5% aos gastos gerais relacionados com segurança.
Um acordo desse tipo poderia permitir a Trump proclamar sua vitória ao alcançar sua cifra principal, inclusive se nem tudo se reduzir a novos gastos.
A proposta de Rutte recebeu o apoio de Alemanha e França em maio, o que aumenta suas possibilidades de aprovação.
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