Ministra das Finanças do Reino Unido apresenta planos de gastos com "prioridades dos trabalhadores"
Por David Milliken e Elizabeth Piper
LONDRES (Reuters) - A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, disse nesta quarta-feira que vai priorizar gastos com saúde, defesa e projetos de infraestrutura para impulsionar o crescimento econômico, em uma tentativa de reformular a oferta do governo de um futuro melhor para eleitores cada vez mais desiludidos.
Ao definir os orçamentos diários para os departamentos do governo de 2026 a 2029 e os planos de investimento até 2030, Reeves descreveu as prioridades de sua revisão de gastos como sendo as do "povo trabalhador", para que tenha uma vida melhor.
Com o intuito de promover gastos de capital em projetos de habitação, transporte e energia mais limpa, Reeves quer mostrar que o governo está cumprindo seu plano de mudança. Porém, com mais dinheiro destinado à saúde e à defesa, espera-se que os gastos cotidianos em outras áreas do governo seja reduzidos.
"As prioridades dessa revisão de gastos são as prioridades dos trabalhadores - investir na segurança e na saúde do Reino Unido e fazer a economia crescer para que os trabalhadores tenham uma vida melhor", disse ela em uma sessão do Parlamento.
"As escolhas nessa revisão de gastos só são possíveis devido ao meu compromisso com a estabilidade econômica", disse ela.
Reeves definiu o total geral de gastos em um orçamento de outubro, financiando seu plano com o maior aumento de impostos em uma geração e regras fiscais mais flexíveis que facilitam a obtenção de empréstimos para cobrir investimentos de longo prazo.
Suas escolhas devem começar a dar resultados rapidamente se o Partido Trabalhista quiser atingir suas metas de aumentar a taxa de crescimento do Reino Unido e melhorar a qualidade dos serviços públicos.
Ela disse que os orçamentos departamentais do governo crescerão 2,3% ao ano em termos reais, oferecendo mais 190 bilhões de libras para gastos diários com serviços públicos em comparação com os planos do governo anterior.
Desde sua ampla vitória eleitoral em julho do ano ado, o Partido Trabalhista tem visto sua popularidade cair, e a própria Reeves viu seus índices despencarem depois que o governo introduziu cortes nos pagamentos de combustível para idosos e nos benefícios para deficientes.