Cupertino será julgado hoje pela morte do ator Rafael Miguel; relembre caso
O julgamento de Paulo Cupertino será iniciado hoje, às 10h, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Acusado de matar o ator Rafael Miguel e os pais do jovem em 2019, ele será julgado por triplo homicídio qualificado.
Relembre o caso
Rafael Miguel, que interpretou o personagem Paçoca na novela "Chiquititas", do SBT, e seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, foram assassinados em junho de 2019, em São Paulo. Os três foram baleados após terem ido até a casa da namorada do ator de 22 anos, Isabela Tibcherani. O crime aconteceu na estrada do Alvarenga, no bairro Pedreira, na zona sul da capital.
O pai da namorada de Rafael, Paulo Cupertino Matias, teria sido o autor dos 13 disparos contra as vítimas. No mesmo mês, a Justiça decretou a prisão temporária de Cupertino, que fugiu depois do crime. Um ano depois, o mandado de prisão temporária dele foi convertido em preventiva.
Segundo o Ministério Público, o réu matou as vítimas porque não aceitava o namoro da filha, Isabela Tibcherani, com o artista. Rafael Miguel foi, acompanhado dos pais, à residência de Paulo Cupertino para conversar sobre o tema.
Paulo Cupertino foi preso pela Polícia Civil somente em maio de 2022. O suspeito afirmou ser inocente e disse ter fugido por medo ao ser questionado por jornalistas na entrada da delegacia. As imagens foram exibidas pelo Cidade Alerta (Record) na época.
O suspeito ou por cerca de 100 endereços em Brasil, Paraguai e Argentina durante o período em que permaneceu foragido, segundo a CNN.
Segundo júri
A imprensa poderá acompanhar o julgamento de hoje, mas não poderá captar imagens. Serão sorteadas novas sete pessoas para a composição do júri.
O primeiro júri, realizado em outubro de 2024, contou com depoimentos de Isabela Tibcherani, filha do réu, e da mãe de Isabela, Vanessa Tibcherani. Ambas apontaram Cupertino como único possível responsável pelo crime. O júri foi dissolvido após o acusado destituir sua defesa durante o julgamento, alegando "quebra de confiança".
Dois amigos do empresário também são réus no mesmo processo. Eles são suspeitos de terem ajudado Cupertino a fugir e se esconder após o crime. Não foi confirmado oficialmente se os julgados acompanharão os novos depoimentos antes da definição da sentença.